O Combate – Lágrimas do Guerreiro | Vale a pena assistir?
Desde a época das locadoras queria assistir a O Combate – Lágrimas do Guerreiro, mas o tempo foi passando e essa obra ficou para trás. Contudo, em 2025, consegui um espaço para matar minha curiosidade. Lembrando que essa é uma produção entre França, Canadá, Japão e Estados Unidos, inspirada do mangá de escrita Kazuo Koike e Ryoichi Ikegami, intitulado Crying Freeman. Uma curiosidade é que o quadrinho chegou a ser lançado no Brasil em 1990, pela Editora NovaSampa e em 2006 pela Panini, já com um tratamento cuidadoso e respeitando mais os fãs.
O longa metragem tem como roteiristas Thierry Cazals, Laurie Finstad-Knizhnik e Christophe Gans – este último também dirige. Além disso, no elenco temos rostos conhecidos, como Mark Dacascos (A Base – Desafiando o Perigo), Julie Condra, Rae Dawn Chong e Tchéky Karyo. Orçado em cerca de US$ 30 milhões, é possível notar um cuidado em relação às locações e, claro, às explosões, que se somam aos montes ao longo dos 102 minutos de projeção.
É notável perceber que há dois filmes dentro de um, pois o primeiro ato segue num tom mais contemplativo. Claro que a pancadaria e os tiroteios estão lá, mas de certa forma, ajudam a contar a história do guerreiro que se apaixona por uma mulher que precisaria matar. Da metade em diante, é o puro suco dos anos 1990, com situações desconexas, furos no roteiro e um vai e vem de personagens aleatórios que até irrita.
Quer mais? A Yakuza é peça fundamental, tanto que o diretor desprende tempo para explicar sobre os rituais de passagem. Mas, no fim, os capangas estão lá para serem mortos por Yo e sua espada samurai.
O Combate – Lágrimas do Guerreiro: pouco do mangá e muito de qualquer coisa
O Combate – Lágrimas do Guerreiro foi lançado em 1995, mesmo período de projetos que contavam com nomes de maior impacto na indústria, como O Santo, com Val Kilmer, Fantasma, com Billy Zane, Duro de Matar – A Vingança, com Bruce Willis e tantos outros. Na contagem final, acabou fazendo mais sucesso nas locadoras do que, propriamente, no cinema.
Mark Dacascos foi um ícone do cinema B de ação, que assim como este longa metragem, teve seu momento, marcou uma geração – em maior ou menor grau – e acabou relegado a coadjuvante. Talvez tenha assistido numa época errada? Pode ser. Mas também é possível que O Combate – Lágrimas do Guerreiro nasceu genérico e, com o passar do tempo, ficou ainda mais.
Onde assistir O Combate – Lágrimas do Guerreiro?
O filme está completo e dublado no YouTube.
Sinopse de O Combate – Lágrimas do Guerreiro
Um assassino de uma secreta organização chinesa costuma derramar lágrimas depois de assassinar alguém. Um dia nas colinas de São Francisco, uma bela artista o vê executando três homens da Yakuza. Emu, a pintora, se encanta por ele, e mesmo sabendo que ele iria matá-la por ter testemunhado o crime, ela espera por ele para poder lhe pedir um último desejo. Por causa da execução, ele está sendo perseguido pela máfia japonesa Yakuza, mas a organização não deveria subestimar o poder de matar de Freeman.
Nota Cinema e Séries: ★★½
Título Original: Crying Freeman
Ano Lançamento: 1995 (França, Canadá, Japão e Estados Unidos)
Dir: Christophe Gans
Elenco: Mark Dacascos, Julie Condra, Kevan Ohtsji, Debbie Podowski, Murray Lowry, Byron Mann, Mikal Tang, Rae Dawn Chong
Curiosidades de O Combate – Lágrimas do Guerreiro
- Julie Condra e Mark Dacascos se conheceram e atuaram juntos neste filme, e depois se casaram na vida real.
- Mark Dacascos fez todas as suas próprias cenas de ação no filme.
- O filme não está disponível, em 2025, em nenhum streaming do Brasil.
- Jason Scott Lee foi originalmente cogitado para o papel principal, mas devido a um compromisso com três filmes pela Universal Pictures, não pôde se dedicar ao projeto.
- Mark Dacascos fez campanha para conseguir o papel em O Combate – Lágrimas do Guerreiro.
- O filme é baseado no mangá Crying Freeman, que também tem uma adaptação em anime.
- Mark Dacascos e Christophe Gans foram os responsáveis pela coreografia da luta com espadas no final do filme.
- O Combate – Lágrimas do Guerreiro marcou a estreia de Christophe Gans como diretor de longa-metragem.
- A pintura de Emu que mostra o Freeman com um revólver .38 de cano curto, faz referência ao mangá original.
- Embora a Viz Communications tenha anunciado o filme na revista Animerica e em suas reimpressões das graphic novels de Crying Freeman, o filme nunca teve lançamento nos cinemas dos EUA até ser transmitido online no Amazon Prime em novembro de 2018.
- O estilo visual do filme é bastante influenciado pela estética do mangá, com ênfase na violência estilizada e na simbologia.
- O filme foi lançado em uma época em que adaptações de mangás para o cinema estavam começando a se popularizar no Ocidente.