Baseado no livro de Heinz Strunk e em inacreditáveis fatos reais, O Bar Luva Dourada não é um filme para pessoas de estômago fraco. Além de toda estética e fotografia sujas e decadentes e ritmo lento, conta com um sem número de cenas de muita violência e sangue. Isto ocorre logo nos primeiros minutos, quando vemos um homicídio da maneira mais cruel possível.
Todavia, mesmo que o roteiro trate superficialmente do passado de Fritz Honka, utilizando passagens entre ele e seu irmão para mostrar este período de sua vida, bem como as tramas paralelas não mantenham a mesma força da linha principal, todo o resto, como a casa do assassino, que parece podre ou as pessoas que ele conhece, que parecem ter algum tipo de distúrbio social, têm seu valor.
Jonas Dassler interpreta Honka e ele o faz magistralmente. Se a maquiagem dá um tom repugnante àquela figura, seu trabalho corporal e sua entrega são impactantes. Sem contar os diálogos crus e chocantes e a boa direção de Fatih Akin (diretor de Em Pedaços).
O Bar Luva Dourada era um local de figuras incomuns, de pessoas sofridas e com poucas condições, onde Honka passava a maior parte do tempo e escolhia suas vítimas. Já no apartamento do serial killer, quase conseguimos sentir o cheiro de corpos em decomposição. Tudo isso pela meticulosidade na construção dos cenários. Enfim, vá por sua conta e risco… e depois não diga que não foi avisado!
Sinopse de O Bar Luva Dourada
A década é 1970 e a cidade é Hamburgo. Os habitantes do local se amedrontam por conta de diversos desaparecimentos de mulheres com padrões específicos. Começa então uma das mais difíceis investigações que aquele local já presenciou.
Título Original: Der goldene Handschuh
Ano Lançamento: 2019 (Alemanha | França)
Dir: Fatih Akin
Elenco: Jonas Dassler, Margarete Tiesel, Katja Studt, Adam Bousdoukos, Martina Eitner-Acheampong, Marc Hosemann, Greta Sophie Schmidt
ORÇAMENTO: —
NOTA: 7,0
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