
Quando terminei de assistir Predador – A Caçada, fiquei empolgado, pois o diretor Dan Trachtenberg, havia conseguido expandir aquele universo e trazer personagens cativantes, como há tempos não acontecia na franquia. Qual foi minha surpresa ao descobrir que ele mesmo comandaria Predador – Terras Selvagens e que, desta vez, o protagonista seria um desses alienígenas.
Se formos inserir Alien vs. Predador, essa é a sétima incursão do bichão nos cinemas. E todos os US$ 105 milhões do orçamento podem ser vistos, não só nas sequências de ação, mas também na criação de um planeta hostil (com plantas que explodem ou soltam espinhos paralisantes) e com criaturas gigantescas – os primeiros minutos são realmente de encher os olhos, com um embate que poderia ser usada como algo dramático e emocional.
Ao contrário dos projetos anteriores, Dek não é o caçador, mas sim a caça, pois é fisicamente mais fraco e menor que os demais de sua raça. Dito isso… Trachtenberg joga essas possibilidades no lixo e criar uma ação das mais genéricas – minha esposa comentou: ‘parece que estou assistindo aos filmes do Transformers‘. E ela não está errada.
Predador – Terras Selvagens tem Elle Fanning e bichinhos fofinhos
Lá pelas tantas, uma sintética chamada Thia – interpretada por Elle Fanning (Super 8) – que está presa, surge e diz que, se ele soltá-la, poderá ajudá-lo. Essa é a piscadela da saga para inserir algo de Alien na história e, a partir disso, a Disney ‘mostra suas garras’ e suaviza absolutamente tudo que já vimos na franquia – e eu quero compreender como, com essa falta de coragem, eles vão montar um embate entre Alien e Predador.
Sabe aquela brutalidade presente na obra de 1987? Esqueça. Teremos um alívio cômico irritante e bichinhos fofinhos – achei que estivesse vendo Pokémon, em algumas passagens. E é incompreensível como boa parte dos vilões acabam deixando de ser vilões para tornarem-se heróis. Predador é vilão, assim como Malévola é vilã, Venom é vilão… principalmente se você tem um roteiro ‘meia-boca’ nas mãos. Deixa como está, porque nem todo mundo é James Cameron e tem um Exterminador do Futuro 2 para chamar de seu.
Do meio para o final, as cenas de luta são tão picotadas que, muitas vezes, você não entende o que está acontecendo e, por fim, a obra se encerra com uma espécie de Guardiões da Galáxia indigesto, ou seja, uma trupe esquisitona se juntando para viajar pelo universo.
Onde assistir Predador – Terras Selvagens?
Sinopse de Predador – Terras Selvagens:
Um cientista brilhante, mas egocêntrico, dá vida a uma criatura em um experimento monstruoso que acaba levando à destruição do criador e de sua trágica criação.
Nota: ★★
Título Original: Predator – Badlands
Ano Lançamento: 2025 (EUA)
Dir.: Dan Trachtenberg
Elenco: Elle Fanning, Dimitrius Schuster-Koloamatangi, Mike Homik, Rohinal Nayaran, Reuben De Jong, Cameron Brown, Stefan Grube
Curiosidades de Predador – Terras Selvagens
Dek é o primeiro Predador nomeado oficialmente na franquia e também o primeiro Predador protagonista de um filme.
Dimitrius Schuster-Koloamatangi interpreta Dek e também faz o papel do pai dele, Njohrr.
Thia e Tessa pertencem à Divisão de Armas Biológicas da Weyland-Yutani, a mesma responsável por capturar e estudar Xenomorfos na franquia Alien.
A trilha sonora do trailer de Predador – Terras Selvagens é executada pela banda de folk metal mongol The Hu.
Predador – Terras Selvagens não apresenta nenhum personagem humano – todos os protagonistas são alienígenas ou sintéticos.
Um crânio de Harvester do filme Independence Day (1996) aparece na parede de troféus dos Predadores.
O famoso slogan “Building Better Worlds”, da Weyland-Yutani, é exibido no filme, sendo o mesmo visto em Aliens (1986).
O diretor Dan Trachtenberg descreveu Dek como o “pequeno do grupo”, um Predador franzino, mas determinado a provar seu valor.
Trachtenberg revelou que sonha em ver um jogo de mundo aberto de Predador, no estilo Uncharted ou Assassin’s Creed.
O diretor também foi o responsável por Predador – Assassino de Assassinos (2025).
Predador – Terras Selvagens não é uma sequência direta de Predador – A Caçada (2022), mas se passa no mesmo universo.
O filme é ambientado no planeta natal dos Predadores (Yautja Prime) e introduz uma língua Yautja completa, criada por Paul R. Frommer, o mesmo linguista de Avatar (2009).
A língua Yautja também foi expandida por Britton Watkins, com tradução até para os símbolos nas armas e runas dos Predadores.
Um quadrinho prelúdio de Predador – Terras Selvagens, escrito por Ethan Sacks e ilustrado por Elvin Ching, será publicado pela Marvel Comics em novembro de 2025.
Trachtenberg buscou conectar sutilmente os universos de Alien e Predator, evitando o estilo “batalha de franquias” de AVP.
Originalmente, Dek seria cego, usando uma máscara especial para enxergar, mas isso foi alterado para tornar o personagem mais emocional e vulnerável.
Este é o segundo filme da franquia principal que não se passa na Terra (o primeiro foi Predadores, de 2010).
O diretor citou influências de clássicos como Tubarão (1975), O Exterminador do Futuro 2 (1991), Mad Max 2 (1981) e Conan, o Bárbaro (1982) na construção do tom do filme.
O longa apresenta efeitos visuais em quase todas as cenas — apenas 10 a 15 tomadas são livres de VFX, tornando-o o projeto mais ambicioso do diretor.
O filme começa com uma entrada do “Código Yautja”, o código de honra dos clãs Predadores.





