Missão Babilônia: Vin Diesel num scifi de quinta categoria
Desde o início, vemos que Missão Babilônia não passa de uma aventura disfarçada de ficção científica e que tinha tudo para dar errado. Estouros no orçamento, brigas internas, Vin Diesel (Velozes e Furiosos) não se comportando bem, Mathieu Kassovitz (Rios Vermelhos) mantendo o nível das suas últimas obras – o que não é bom sinal – e a produtora limando os 140 minutos, que seria a suposta versão final, para 90 minutos.
Diesel interpreta Toorop, um mercenário pago para levar uma garota com dons especiais, juntamente com uma freira boa de briga, para outra cidade. Tudo isso, antes que os vilões a raptem – mero pretexto para sequências explosivas, correrias e lutas e, mesmo assim, o diretor não acerta nas tomadas, deixando a jornada absurda e sonolenta.
Colocar a carga emocional – por menor que seja – em cima do astro, parece uma piada de mal gosto e o vergonhoso flerte com Aurora (a belíssima Melanie Thierry) – sem 1 % da química necessária – é prova retumbante de que sua carreira está resumida a uma ou duas franquias de sucesso. Gerard Depardieu (Piaf – Um Hino ao Amor) faz uma participação especial com muita maquiagem, que é tão caricata quanto sua interpretação.
Após o retorno para a franquia Velozes e Furiosos, não duvido se vê-lo em projetos como Triplo X 3 (mesmo com a suposta morte dele, citada no segundo episódio da série) e, finalmente, no término da trilogia Eclipse Mortal. Quero estar redondamente enganado!
NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 60 Milhões de Dólares
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