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Põe na Mesa | Mário Kart Board Game

Mario Kart topo

Sim, eu sei. Você deve ter ficado tão alucinado quanto eu. É isso mesmo que você leu! Alguém teve a ideia genial de adaptar o insano universo do Mário Kart para os jogos de mesa. E esse “alguém” é um brasileiro. O mineiro Pedro Henrique Espíndola, de 27 anos, game designer por formação e fã incondicional das franquias da Nintendo.

Tudo foi feito por ele: das regras e mecânicas do jogo até todos os componentes produzidos com muito capricho.

Os jogadores podem escolher seus personagens, entre eles os mais conhecidos da franquia, como o próprio Mário e seu inseparável companheiro Luigi, até os coadjuvantes, como a Birdo e o Shy Guy. Cada personagem e seu respectivo carro de corrida possui duas variáveis: sua velocidade, já que, quanto mais pesado o carro, mais lento ele é; e a quantidade de itens que eles são capazes de carregar. Além disso, elementos da pista interferem na mobilidade dos personagens, tanto para o bem ou para o mal. Tudo muito fiel ao jogo de videogame.

Mario Kart Board Game é um jogo de encher os olhos. Não só pelo capricho já mencionado, mas também pela nostalgia que dá. A geração 80 e 90 agradece imensamente essa criação.

Mario Kart Board Game com todas as fichas e personagens

ENTREVISTA

Põe Na Mesa – Você é um “nintendista” de carteirinha. Qual a primeira lembrança de jogos da Nintendo que você tem?

Pedro Henrique Espíndola – Minha primeira lembrança sou eu criança jogando com meus amigos os jogos de Super Mario World, Donkey Kong Country e Kirby Superstar no Super Nintendo. Foi uma infância muito boa!

PNM – E como surgiu a ideia de adaptar a franquia Mario Kart em um Board Games?

PHE – Desde criança eu sempre gostei de inventar meus próprios jogos e brinquedos. Como na minha cidade não havia nada analógico de Nintendo, eu era obrigado a criar meus próprios brinquedos com essa temática. E foi com este amor e com essas habilidades que eu cresci e resolvi realizar meu sonho de infância e criar meu próprio jogo de Mario Kart.

Pedro Henrique Espíndola, criador do board game

PNM – Além de Mario Kart, você se inspirou em algum outro jogo para criar esse BG?

PHE – O Mario Party. Sempre achei interessante a capacidade dos game designers dessa franquia de adaptar um universo tão característico como o de Mario Bros para um jogo de tabuleiro e isso me desafiou a querer fazer isso com outras franquias também.

PNM – Fale um pouco pra gente sobre a mecânica utilizada em Mário Kart Board Game.

PHE – Por ser um jogo de corrida, eu quis me focar bastante no dinamismo do jogo. Por isso, além de não haver rolagem de dados, há uma movimentação constante no jogo, um número de casas padrão, como se fossem peças de xadrez, e com elas você deve ir fazendo o percurso a cada turno, desviando de obstáculos e usando itens para te ajudar ou atrapalhar outros jogadores. No entanto, essa movimentação constante também é trapaceira e fará com que você caia em armadilhas. Acredito que ficou bem interessante porque consegui adicionar um pouco de estratégia à franquia de Mario Kart, mas ainda manter a velocidade e a insanidade de uma gama de itens com efeitos que podem virar o jogo de uma hora pra outra.

Vai dizer que você não gostaria de participar desta corrida?

PNM – E quem tiver interesse em adquirir o jogo, o que pode fazer? Isso já é possível?

PHE – Por ser um produto de marca registrada, da Nintendo, eu não acho certo vender, pelo universo se tratar de uma propriedade intelectual de outra pessoa. É um trabalho de fã mesmo. Por causa disso, penso em oferecer os arquivos de impressão que criei gratuitamente para quem quiser fazer o download, imprimir e ter sua cópia do jogo em casa. Vou disponibilizar o link desses arquivos em um vídeo do meu canal do YouTube, o Coisa de Peique. Porém, caso a pessoa ache muito trabalhoso correr atrás da impressão e produzir suas próprias peças, penso em oferecer meus serviços para que o interessado possa pagar pelos materiais e impressão na gráfica e pela minha mão de obra para modelar carrinhos, bananas, fichas e afins e ter uma cópia bem fiel ao que ficou a minha versão. O jogo não ocupa muito espaço e por isso eu poderia enviar para qualquer lugar pelos Correios. O interessado também poderia encomendar peças separadamente, tornando os custos mais baratos ainda. Isso tudo eu poderia discutir com os interessados por e-mail (peiquevideos@gmail.com). Mas meu objetivo principal é que o maior número de pessoas tenham cópias deste jogo, independente de como conseguirem. Quero que se divirtam tanto quanto eu e meus amigos.

É um trabalho de fã mesmo”, diz Pedro Henrique.

PROJETOS FUTUROS

O game designer já tem outros dois projetos na manga assim que a produção do Mario Kart Board Game for finalizada. Os próximos homenageados serão os jogos Animal Crossing e Mario Party. Além do canal do Youtube, para mais informações sobre o trabalho de Espíndola, você pode seguí-lo também no Twitter e no Instagram.

Gostou da dica? Então não perca a próximo! Do you wanna play a game?

Por Dan Pessôa

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