Dan Brown é um autor que aprecio desde que li pela primeira vez ‘O Código da Vinci‘. Muitos podem falar sobre o quanto seus livros são caça-níqueis irrelevantes, mas as teorias conspiratórias sempre me encantaram e seu texto é rápido e de fácil apreciação. Como a Columbia Pictures não é boba nem nada, comprou os direitos e lançou o título no cinema. Foram mais de 750 milhões de dólares dele, outros 480 milhões de ‘Anjos e Demônios’ e agora chega Inferno e o retorno de Robert Langdon.
Langdon parece Sam Witwicky de ‘Trasformers’, pois está sempre salvando o mundo e quase ninguém se dá conta disso. O interessante aqui é a questão da montagem do quebra cabeças, mas a sensação de urgência não fica tão evidente quanto nas aventuras anteriores, sem contar que a todo momento o roteiro sente a necessidade de explicar minuciosamente todos os passos da dupla de protagonistas – como se o espectador fosse incapaz de deduzir sozinho.
Tom Hanks e Felicity Jones se esforçam, mas estão com o freio de mão puxados, já Ben Foster é o que mais se diverte. Ron Howard sabe filmar ação e faz enquadramentos interessantes, mesmo que tudo isso seja uma mera repaginação das aventuras anteriores.
A temática que fala sobre a destruição do meio ambiente e de como os próprios seres humanos estão se destruindo tem seu valor, principalmente ao citar tantos números grandiosos, mas este é um blockbuster bem genérico e, mesmo se quisesse nos alertar para algo, o espectador se esqueceria das questões levantadas logo após os créditos subirem. E aí, o que achou de Inferno e o retorno de Robert Langdon aos cinemas?
Sinopse de Inferno:
Robert Langdon está no hospital, com um ferimento na cabeça e não se lembra do que houve nas últimas 48 horas. A enfermeira Sienna Brooks o ajuda a escapar, após uma mulher o atacar e nota que em seu paletó se encontra um frasco com um estranho objeto que tem a ver com Dante Alighieri.
Título Original: Inferno
Ano Lançamento:2016 (Estados Unidos / Hungria / Japão / Turquia)
Dir: Ron Howard
Elenco: Tom Hanks, Felicity Jones, Ben Foster, Omar Sy, Irrfan Kahn
ORÇAMENTO: 75 Milhões de Dólares
NOTA: 6,0
Por Éder de Oliveira