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Franquia Soldado Universal: vale a pena conferir?

A franquia Soldado Universal conta com nada menos que 6 filmes, mas 2 desses não fazem parte da ‘linha narrativa’ original. Nomes como Van Damme, Dolph Lundgren, Scott Adkins, Michael Jai White e até Burt Reynolds deram as caras por aqui. Entre os diretores, o mais famoso é mesmo Roland Emmerich.

Agora vamos entrar, de fato, na história, curiosidades, bilheterias (dos que consegui encontrar) e muito mais de cada um dos filmes! Então, continue com a gente.

Franquia Soldado Universal

Soldado Universal (1992)

SOLDADO UNIVERSAL 1992

O diretor Roland Emmerich havia feito alguns filmes de destaque na Alemanha. Portanto, Hollywood abriu os olhos e investiu nele para dirigir este scifi estrelado pelo astro Van Damme que, na época, havia acabado de filmar Garantia de Morte Duplo Impacto. Ao lado do belga havia Dolph Lundgren, que vinha de Escorpião Vermelho Massacre no Bairro Chinês.

Com pouco mais de uma hora e quarenta minutos de duração, Soldado Universal tinha a testosterona costumeira dos anos 1990, bem como pitadas de Robocop Exterminador do Futuro. Com orçamento de 23 milhões, arrecadou pelo mundo mais de 95 milhões de dólares.

Na história, Luc Devreaux e Andrew Scott são soldados que morreram na guerra do Vietnã. Porém, com a criogenia, tem seus corpos preservados e ressuscitam, em uma nova experiência do governo. Ao mesmo tempo que entram em novas batalhas, vão recuperando a consciência e terão dificuldades em obedecerem as ordens, tornando-se ‘bombas relógio’ prestes a explodir.

Vale lembrar que a primeira escolha para a direção era Andrew Davis. Só que foi afastado por diferenças criativas e valores altíssimos de orçamento. Ou seja, a franquia Soldado Universal começou bem!

Soldado Universal 2 e 3 (1998)

Com a falência da Carolco (empresa por trás do filme original) e tentando ‘surfar na onda’ e no sucesso do projeto de Emmerich, chegaram Soldado Universal 2 e 3. Um tal de Jeff Woolnough (que, mais tarde, viria a dirigir o seriado Vikings) ficou atrás das câmeras e a Showtime/The Movie Channel tinham planos de transformar esse roteiro em um piloto para uma série de TV.

Devreaux agora é interpretado por Matt Bataglia e seu mentor é vivido por ninguém menos que Burt Reynolds. Mas não para por aí! O Sargento Andrew Scott (que era Lundgren) tem a feição de um tal de Andrew Jackson.

Só de olhar o trailer você já perceberá o nível da produção, que deve ter sido feita pelo preço de um pastel e uma Coca Cola. Ah! Os subtítulos destes são Irmãos Armados Negócios Inacabados.

No segundo capítulo, logo depois dos eventos originais, o governo corta os investimentos do programa. Contudo, um diretor da CIA se junta com mercenários e assume o controle dos novos soldados. E o plano consiste em usar os brucutus para contrabandear diamantes. Luc Deveraux, o herói de sempre, vai atrás de aniquilar os inimigos, ainda mais quando vê seu irmão e sua amiga repórter presos com os malfeitores.

No fechamento dessa ‘trilogia’ não oficial, o protagonista e Veronica, a tal repórter, fazem de tudo para mostrar ao mundo as atrocidades que fizeram com aquelas pessoas. Mas algo acontece, os dois precisam se esconder, pois são considerados fugitivos. Em outra linha narrativa, um super soldado é criado – e é o irmão de Deveraux – e não demora para uma batalha ser travada.

Será que alguém aí assistiu a esses filmes?

Soldado Universal – O Retorno (1999)

Depois de um grande imbróglio, a Tristar adquiriu os direitos da franquia e chamou Van Damme para reprisar o papel. Aliás, esta foi a primeira sequência da carreira do ator. O resultado? Fracasso nas bilheterias, pois Soldado Universal – O Retorno teve um orçamento de 40 milhões e arrecadou pouco mais de 10 milhões de dólares.

O roteiro é mais furado do que uma peneira e já coloca Deveraux como um ser humano normal. Ninguém dedica um segundo se quer para explicar ao espectador o que houve ou o porquê dele não precisar mais passar pelo resfriamento.

Mic Rodger era um veterano diretor de segunda unidade e dublê quando aceitou o convite para comandar o longa (que foi o único de sua carreira nesta função). Michael Jai White é o vilão da vez, tentaram chamar Sean Austin, mas ficaram com o fraquíssimo Bill Goldberg e o resto dos coadjuvantes não faz diferença.

Enfim, as filmagens ocorreram entre novembro de 1998 e fevereiro de 1999. Acha que acabou por aí? Que nada!

Soldado Universal 3: Regeneração (2009)

Van Damme saia do aclamado JCVD e acreditava-se que sua carreira ganharia sobrevida. Ledo engano! Porém, não posso negar que quando vi o cartaz de Soldado Universal 3: Regeneração, que traria de volta o belga e Dolph Lundgren me empolguei. Essa coisa de nostalgia, às vezes, ferra com nossos corações, não é mesmo?

O título original é apenas Universal Soldier: Regenerationpois o roteiro, de Victor Ostrovsky, ignora tudo o que veio depois do primeiro filme, ou seja, aqueles feitos para a TV e O Retorno. A ideia poderia ser louvável, mas de boas intenções o inferno está cheio.

O fiapo de história lida com Deveraux, que vai para Chernobyl, ao lado de outros soldados, para desarmar explosivos que podem provocar muitas mortes e contaminações radioativas, caso sejam ativados. Como desgraça pouca é bobagem, ele terá que enfrentar o clone de Andrew Scott antes que tudo vá pelos ares.

P. J. Pesce seria o diretor, mas foi substituído por John Hyams (de Z Nation Olhos de Dragão). Ao mesmo tempo, o pai de John, Peter Hyams, foi diretor de fotografia e as filmagens ocorreram entre fevereiro e abril de 2009.

O pôster e toda ação de marketing vende algo inexistente, pois Lundgren aparece em poucos minutos (ele teve apenas 5 dias de filmagens), ou seja, o vilão da vez fica por conta do lutador de MMA, Andrei Arlovski. O orçamento de 10 milhões deve ter sido tão apertado, que o próprio roteirista John Fasano e seu filho John Cody desenharam as vestimentas das forças especiais militares vistas aqui.

O resultado? Outro fracasso absurdo, que alcançou pouco mais de 1,4 milhão nos cinemas, mas foi bem nas locações e vendas de DVDs. Só assim para entender o sinal verde para o quarto filme.

Soldado Universal 4 – Juízo Final

Tentar entender a cronologia da franquia Soldado Universal pode ser quase impossível. Portanto, não dá para saber se este capítulo se passa depois de Regeneração ou é uma sequência direta da obra de 1992. Mas ninguém se importa.

John Hyams volta à direção e, novamente, o marketing é ‘safado’. Van Damme e Lundgren fazem pequenas pontas, enquanto o protagonista fica com Scott Adkinks. E, pasme você, existem aqui referências a Apocalipse Now… Deveraux é uma espécie de Coronel Kurtz, de Marlon Brando, do AliExpress e Scott faz às vezes do fotógrafo de Dennis Hooper.

São quase duas horas onde o espectador precisa de boa vontade mas, mesmo assim, talvez seja o segundo melhor, ficando atrás apenas do original. Uma curiosidade, é que a luta final entre Adkins e Van Damme deveria ser cheia de potência e grandiosa. O problema foi que Adkins rompeu um ligamento no joelho antes das filmagens, o que atrapalhou este processo.

John é um homem que acorda de um coma e nota que sua família foi assassinada. Ele tem pesadelos daquele dia e sai em busca de Deveraux, homem responsável pela tragédia.

Com orçamento na casa dos 10 milhões, amargou menos de 800 mil dólares e, até o momento, a marca amarga o esquecimento. Até quando? Só até descongelarem novos brucutus.

Enfim, o que achou do nosso resumão da Franquia Soldado Universal?

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