ENTREVISTA COM O ROTEIRISTA DE FUI COMPRAR CIGARROS

Leo Castelo Branco

Léo Castelo Branco é um redator publicitário com passagem por grandes agências, poeta e contador de causos. Tudo isso o levou a um caminho sem volta: o roteiro de cinema.
Há poucos meses ele e o diretor Marcel Mallio (com quem tem alguns prêmios na propaganda) se juntaram com a ideia de fazer um filme. O resultado é FUI COMPRAR CIGARROS (matéria sobre o curta-metragem aqui), uma obra que mescla poesia e cigarros de maneira intensa.
Léo falou com o Cinema e Pipoca sobre detalhes da produção, festivais e projetos futuros. Confira:

Cinema e Pipoca: FUI COMPRAR CIGARROS é seu primeiro roteiro ou tiveram outras antes deles? Como surgiu a inspiração para escrevê-lo?
Léo Castelo Branco: A inspiração surgiu do diretor Marcel Mallio que tentava parar de fumar. A ideia era usar uma das expressões mais clichês que existem e transformá-la em algo diferente de usual – através uma nova linguagem, uma fotografia viva, mas com tons de cinza (que lembra o cigarro) e takes que criassem uma intimidade dos personagens em tão pouco tempo de película.

Fui Comprar Cigarros

CP: Quanto tempo duraram as filmagens e onde foram feitas as locações do curta metragem?
LCB: As filmagens levaram cerca de 3 a 4 meses – contando as idas e vindas.

CP: Qual a maior dificuldade na hora de tirar uma idéia dessas do papel?
LCB: Acho que a maior dificuldade foi a que a maioria das produções nacionais encontram: dinheiro. Fazer cinema por aqui é complicado. Pouca gente quer ouvir suas ideias – quem dirá investir nelas.

CP: Tem planos de colocar FUI COMPRAR CIGARROS em alguns festivais de cinema nacionais?
LCB: Estamos priorizando os festivais internacionais num primeiro momento para depois nos inscrever nos festivais daqui.

Making ok Cigarros

CP: Vocês sempre optaram pelas narrações em off desde o primeiro tratamento do roteiro, ou isso aconteceu somente depois?
LCB: Sim, já foi pensado antes, mas com algumas mudanças durante o processo. São nos offs que se encontram grande parte da poesia da obra.

CP: Sempre estiveram na mente de vocês colocarem o Laerte Késsimos e a Laryssa Dias como os protagonistas do curta? E como foi a preparação deles na hora de rodas as câmeras?
LCB: Sempre. Eles têm uma química espetacular, porém diferente do usual. Em cena criaram uma aura leve e ao mesmo tempo pesada, exatamente o que procurávamos.
2 dias antes das filmagens aconteceu uma preparação teatral. O Marcel passou para os atores exercícios que os fizessem buscar os sentimentos, sejam eles de dor ou de alegria.
O mais importante nessa preparação foi criar a intimidade certa para que eles pudessem viver essa paixão tão forte e em tão pouco tempo como o filme se propõe a mostrar.

CP: Pensa em direcionar roteiros para longas metragens também? Além disso, tem outros projetos engatilhados para um futuro próximo? Se sim, poderia nos falar um pouco sobre eles?
LCB: Meu grande sonho é fazer um longa. Mas gosto das coisas por partes. O próximo projeto que estou tocando junto com Marcel Mallio, meu irmão Pedro Castelo Branco e com produção do Thiago Maia chama-se o Os Intrusos e pensamos nele como um média metragem.
A história narra a jornada de escritor excêntrico em busca da inspiração, só que durante esse processo ele pode abrir portas que deveriam permanecer fechadas.
Queremos que o espectador embarque em uma viagem junto as nossas principais referências cinematográficas e literárias. Esse personagem tem muito da gente, não é a toa que ficamos nove meses escrevendo o roteiro. Um filho, né? Foi realmente o processo de descoberta mais gostoso da minha existência…
Tudo isso no papel está muito bonito, mas para viabilizar é outra história. Escrevemos um projeto e começaremos a visitar empresas e possíveis interessados em investir no filme. Não é fácil, mas não vamos desistir!

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

Você não pode copiar o conteúdo desta página

GeraLinks - Agregador de linksTrends Tops - Trending topicsÀ toa na net