Entrevistas

ENTREVISTA COM O AUTOR DO LIVRO ‘JESUS NO CINEMA’

Prof. Dr. André Chevitarese

André Chevitarese está lançando o primeiro volume da trilogia ‘Jesus no Cinema’ que narra como os primeiros filmes do século XX criaram a imagem de Jesus. O livro tem a apresentação do premiado cineasta Moacyr Góes.

O autor é professor do Instituto de História da UFRJ. Além de inúmeros livros, capítulos de livros e artigos publicados, ele colabora frequentemente em revistas especializadas.

Cinema e Pipoca: Conte-nos um pouco sobre sua carreira até chegar ao momento em que decidiu escrever o livro ‘Jesus no Cinema’.
André Chevitarese: Sou professor Associado Doutor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde leciono disciplinas relacionadas ao Mediterrâneo antigo, bem como aquelas associadas ao âmbito da história das religiões, especialmente, mas não exclusivamente, ligadas aos vários cristianismos. Nos últimos quinze anos, tenho concentrado minhas atenções na pesquisa sobre o Jesus Histórico, desde a figura do Nazareno, situado na primeira metade do século I, até as recepções desse camponês judeu, a partir do século XVIII em diante. Portanto, o Jesus no Cinema faz parte do meu atual projeto de pesquisa na UFRJ, e recebeu apoio do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPQ) do Ministério da Ciência e Tecnologia.

CP: Por que uma trilogia?
AC: Foram dois os motivos que me levaram a pensar em uma trilogia: a própria história do cinema deixa transparecer tratamentos diferentes a figura de Jesus; e a enorme quantidade de livros especializados sobre esse tema, os quais trazem questões relevantes que merecem tratamentos cuidadosos.

CP: Como surgiu a idéia de escrever o livro e quanto tempo durou todo o processo de pesquisa, esboço e finalização?
AC: Sobre a ideia de escrever o livro, bem, ela tem haver com meu tema de pesquisa na UFRJ. Já sobre o tempo gasto na realização da pesquisa, desde o começar a levantar os filmes e vê-los, passando por estabelecer bibliografia específica, ir ao exterior para ver um filme raro, até a sua finalização foram praticamente dois anos para escrever esse primeiro volume.

CP: Para você, quais os melhores filmes referentes à figura de Jesus Cristo que o cinema já nos mostrou?
AC: Para mim, quatro filmes aparecem empatados na categoria “os melhores”. Cada um deles com suas especificidades: “Intolerance”, de Griffith; “Ordet”, de Carl Dreyer; “Celui qui doit Mourrir”, de Jules Dassin; e “O Evangelho segundo São Mateus”, de Pier Paolo Pasolini.

CP: Como você acha que os jovens de hoje enxergam Jesus Cristo?
AC: Quando o vêem, o tomam de maneira muito polissêmica, isto é, eles o enxergam por uma perspectiva multifacetada, o que é muito bom.

CP: Você tem planos para escrever outras obras? Poderia nos contar um pouco sobre elas?
AC: Concentro-me, neste momento, em dois livros: no volume 2 do livro “Judaísmo, Cristianismo, Helenismo. Ensaios sobre Interações Culturais no Mediterrâneo Antigo” (o primeiro livro foi publicado pela editora Annablume, São Paulo); e o volume 2 do “Jesus no Cinema”, cujo recorte temporal se situa entre 1932 (O Sinal da Cruz, dirigido por Cecil DeMille) e 1962 (Pôncio Pilatos, dirigido por I. Rapper e G. P. Callegari). Como pode ser observado, são duas continuações.

CP: Para quem quiser adquirir ‘Jesus no Cinema’, pode entrar em contato onde?
AC: Pode entrar em contato com a Klíne Editora – www.klineeditora.com

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