Críticas

ENTRE OS MUROS DA PRISÃO

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Mesmo sendo baseado em fatos reais, nem sempre se consegue tirar todo potencial da história e transpô-lo para o roteiro. Foi assim com ‘À Procura da Felicidade’ e é também neste ‘Entre os Muros da Prisão’, pois toca-se num tema gasto e burocrático, onde os personagens são iguais a tantos outros que já vimos por aí, as trilhas sonoras melancólicas não fazem emocionar e a direção tem uma rigorosidade difícil de driblar.

Antes da primeira hora, o diretor Christian Faure (‘Amor nos Tempos de Guerra’) não tira nenhuma intensidade na atuação dos garotos, que parecem pontuadas em diversas marcações de cena. Mas após isso, e com a morte de um personagem central, é que as coisas se organizam e até uma comoção é sentida quando os jovens tocam o piano de papel e fortificam a identidade entre eles.

Na França dos anos 30 várias escolas para correção de adolescentes foram criadas, mas ao invés da tal correção, o local se transformava numa prisão severa e violenta. Yves, um órfão de 14 anos, é transferido para um destes locais. Ele sonha em fugir, pegar o primeiro navio para Nova York e passar a vida na cidade.

A ponte é uma alusão para a liberdade, pois ninguém sabe ao certo o que há do outro lado dela e, provavelmente, a maior força deles seja esse vislumbre do futuro e a certeza de que sairão do colégio.
O cinema francês já nos trouxe diversas obras primas irretocáveis, mas ‘Entre os Muros da Prisão’ está num meio termo e mesmo que haja situações que transmitam a ingenuidade e imaturidade dos protagonistas, não diz a que veio e se equilibra em cima do muro, lutando para não cair.

Título Original: Les Hauts Murs
Ano Lançamento: 2008 (França)
Dir: Christian Faure
Elenco: Emile Berling, Carole Bouquet, François Damiens, Pascal N’Zonzi, Michel Jonasz, Catherine Jacob

ORÇAMENTO: —

Eder Pessoa

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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