Aspirina Para Dor de Cabeça é um curta metragem que foi escolhido para o FESTICINI – 2° Festival Internacional de Cinema Independente. Na sinopse, envolvido pelo clima sombrio e impactante do último capítulo de uma radionovela, Alberto Limonta tenta descobrir os mistérios por trás da morte de sua esposa. Logo ele acabará descobrindo que a realidade pode ser mais cruel que a pior das dores de cabeça. Conversamos com o diretor Philippe Bastos sobre este e outros temas. Confira!
Cinema e Pipoca: Conte-nos um pouco sobre sua carreira até chegar a ‘Aspirina Para Dor de Cabeça’
Philippe Bastos: Ganhei minha primeira câmera de filmar com oito anos de idade. Desde então, nunca mais parei de fazer filmes. No inicio eu gostava de brincar com meus amigos fazendo filmes caseiros. Um pouco mais velho me apaixonei pelos filmes de Alfred Hitchcock, assistindo ao clássico, Psicose (1960) . Logo, não parei mais de assistir filmes antigos . Eu adorava passar as tardes assistindo filmes noir. Com isso, cresci sempre querendo experimentar essa linguagem dos clássicos. Aspirina Para Dor de Cabeça, é uma homenagem a essa era dourada do cinema. Onde eu procurei trabalhar com as estéticas de filmes antigos.
CP: Existe algo nos personagens do curta que têm haver com sua própria personalidade ou que aconteceu em sua vida?
PB: Como sou muito fã do diretor Alfred Hitchcock, os personagens do meu curta tendem a se refletirem um pouco com os filmes dele. No caso do Aspirina a personagem Graziela se assemelha um pouco com o personagem Norman Bates. Na maneira de agir e de conquistar seu objetivo na trama.
CP: Você está num pólo cinematográfico gigantesco que é o Rio de Janeiro. Sente dificuldades de tirar este tipo de projeto do papel por conta disso?
PB: Sim , no caso de curtas é mais complicado conseguir apoio. Logo esse curta foi feito entre amigos onde os produtores entraram com recursos e eu também. Não tendo assim, apoio de outros setores.
CP: Quanto tempo demoraram as filmagens?
PB: Foram quatro dias de filmagem.
CP: Como fizeram a escolha e preparação do elenco?
PB: O conceito que criamos para a interpretação dos atores foram todos baseados nas estéticas dos anos 40 e 50. Assim, como na própria radionovela quis trazer todas as características do melodrama para a tela. Estudei um realismo de época na forma de falar, movimentar e de toda a mise en scene do filme. Dando assim, aos atores um sentimentalismo proposital exagerado. Os atores não falam nas ações pois todos os seus sentimentos estão dentro da própria radionovela. Tornando o universo do filme mais lúdico.
CP: O que é cinema independente para você?
PB: É ter um amor incondicional ao cinema. Não esperando nada em troca.
CP: Existem novos projetos para um futuro próximo? Se sim, poderia nos falar a respeito?
PB: Sim , tenho um curta metragem intitulado Charlotty, escrito pelo autor Zen Salles que contará a trajetória de uma transexual que será vitima de homofobia na noite de sua formatura. Outro projeto será o longa metragem já escrito do curta “Aspirina Para Dor de Cabeça” intitulado “Uma Trama de Radionovela”. Que contará a verdadeira história do amor proibido entre Isabel Cristina e Graziela Garcia nos bastidores da era de ouro da rádio no Brasil.
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