David Fincher, nasceu em 28 de agosto de 1962 em Denver, é um diretor tanto autoral, quanto “industrializável” e consegue o que pouquíssimos diretores alcançaram na Hollywood atual: poder suficiente para tocar seus projetos particulares e liberdade suficiente para inserir suas idéias em produções como o pesado “O Homem que não Amava as Mulheres”.
Aos 18 anos começou a trabalhar na Industrial Light and Magic de George Lucas, onde teve a oportunidade de trabalhar em ‘O Retorno de Jedi’ (1983) e ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’ (1984). Deixou a empresa para se dedicar ao ramo de comerciais publicitários, além de dirigir clips para bandas como Aerosmith, Madonna e etc.
Logo abaixo sua filmografia, pouco extensa, mas com um valor incrível!
– ALIEN 3 (1992)
O período para as filmagens foi bem curto, já que outros diretores resolveram abandonar o trabalho. Fincher havia feito clips para Madonna, por exemplo, e chamou atenção do estúdio por seu método cru de filmagem. “Alien 3” foi devidamente alterado na edição, episódio que obviamente deixou Fincher muito descontente, mas ainda assim é uma ficção segura e com diversas nuances que vieram formar a carreira do diretor.
– SEVEN – OS SETE CRIMES CAPITAIS (1995)
A redenção do sujeito veio da melhor maneira possível. Este suspense lotado de excelentes atores e de um roteiro primoroso foi um sucesso nas bilheterias e ainda foi indicado ao Oscar.
Brad Pitt se despe da persona do galã de Hollywood e Morgan Freeman se mantém como um ator acima da média. Não convém contar o final, mas só posso dizer que é um dos mais perturbadores que já vi.
– VIDAS EM JOGO (1997)
Outro final que surpreende e muito o espectador, pena que os norte-americanos não entenderam muito bem o recado e colocaram este excelente suspense estrelado por Sean Penn e Michael Douglas de lado. Vale a pena revisitá-lo e dar uma chance para outro suspense de peso deste grande diretor.
– CLUBE DA LUTA (1999)
Baseado no livro de Chuck Palahniuk, “Clube da Luta” estreou com diversas críticas negativas, principalmente a respeito da violência impactante do longa. Algum tempo depois entenderam que essa pancadaria servia a um propósito maior e hoje, a obra é tida como Cult e já foi usada diversas vezes como um estudo para a mente humana e da sociedade como um todo. Obra prima!
– O QUARTO DO PÂNICO (2002)
Bem mais simples do que “Clube da Luta”, este suspense estrelado por Jodie Foster e por uma novíssima Kristen “Bella” Stewart tem como plote um assalto de uma casa, onde mãe e filha acabam se escondendo num bunker. O problema é que um dos seqüestradores foi quem planejou o tal quarto de segurança máxima.
– O CURIOSO CASO DE BENJAMIN BUTTON (2008)
A idéia de um homem que nasce velho e vai rejuvenescendo com o passar dos anos é genial, os efeitos especiais do filme de Fincher são impressionantes e o elenco é recheado de astros como Brad Pitt e Cate Blanchett, mas a duração de 159 minutos ultrapassa o limite e transforma o filme numa maratona cansativa, mas que agradou a Academia, que indicou o filme a 13 Oscares.
– A REDE SOCIAL (2010)
Com uma linguagem atual e um tema mais atual ainda, Fincher cria ‘A Rede Social’ – que para muitos é o seu melhor filme –, e mostra novamente o quanto é firme na direção de atores. Faturou mais de 220 milhões de dólares pelo mundo e mostrou ao mundo o quanto os nerds estão em alta no momento!
– OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES (2011)
Tirado do romance do já falecido escritor Stieg Larsson e sendo uma refilmagem do filme sueco de mesmo nome, Fincher consegue ser frio, cruel e implacável em boa parte da trama. Se perde em determinados momentos, mas é um início louvável da trilogia para o cinemão norte-americano!