CINEMATO 2025: Festival de Cuiabá bate recorde de inscritos e celebra o cinema nacional com olhar amazônico
O CINEMATO 2025 – Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, que acontece entre os dias 14 e 20 de julho, já tem os títulos selecionados para suas Mostras Competitivas. Este ano, o festival bateu seu recorde histórico de inscrições: 458 filmes enviados em apenas 9 dias, vindos dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal. Mato Grosso se destacou como o terceiro estado com maior número de curtas inscritos, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro.
Homenageados do CINEMATO 2025
Entre os concorrentes ao Troféu Coxiponé — homenagem aos indígenas da nação Bororo que habitavam as margens do Rio Coxipó no século XVIII — estão seis longas e dezesseis curtas-metragens. Os longas selecionados representam a diversidade geográfica e temática do país, com títulos do Amazonas, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Tocantins, São Paulo e Pernambuco.
Os curtas trazem narrativas potentes de estados como Mato Grosso, Paraíba, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, abordando temas que vão da ancestralidade indígena à resistência negra.
Além da competição principal, o CINEMATO reforça sua missão social com mostras inclusivas e educativas: o Cinema Escola, que leva sessões para estudantes da rede pública; o Cinema Itinerante, com exibições em periferias, aldeias indígenas e quilombos; e o tradicional Cinema Paradiso, presente desde 1993, que leva filmes a presídios, hospitais e abrigos, transformando o cinema em ferramenta de cidadania e humanização.
Tema: Decolonizando a Amazônia no CINEMATO 2025
Este ano, o festival traz como tema “Decolonizando a Amazônia” e presta homenagem ao pioneiro Silvino Santos (1886–1970), conhecido como o “cineasta da selva”. Português de nascimento e amazônida por paixão, Silvino registrou o cotidiano e as riquezas da região Norte no início do século XX. Seu documentário Amazonas, o Maior Rio do Mundo (1931), dado como perdido por quase um século, foi redescoberto em 2023 na República Tcheca e será exibido nesta edição como símbolo da força histórica do audiovisual amazônico.