Se você, caro leitor, não conhece a novela que foi para Chatô – O Rei do Brasil sair nos cinemas nacionais, leia esta postagem que fizemos há alguns anos atrás. O filme foi tirado do gigantesco livro de Fernando Morais e conta a história de um dos grandes midas da comunicação brasileira e, como muitos já disseram por aí, nosso Cidadão Kane, o senhor Assis Chateaubriand.
O diretor escolhe Marco Ricca para interpretar seu protagonista, que agarra a oportunidade com unhas e dentes. Têm nos costumeiros excessos daquela figura o ponto forte de sua interpretação (seja ela em momentos de paixão com Vivi Sampaio, seja em momentos de extrema falta de nexo e explosões revoltosas).
Talvez por conta do tempo em que Chatô – O Rei do Brasil ficou travado, tenha havido certo envelhecimento quando o assunto é a montagem, por conta dos cortes picotados e rápidos, tão comuns no cinema dos anos 90. O grande arrojo vai para a direção de arte, que escolheu a dedo cada detalhamento de cor e os figurinos maravilhosos.
A anarquia organizada dirigida por Fontes e com nomes fortes desta indústria como Andréa Beltrão, Paulo Betti e Leandra Leal, só para citar alguns, prova o quanto os poderosos sempre foram e continuam sendo egocêntricos, manipuladores e manipuláveis. E o povo brasileiro é um reflexo disso, tendo doses pequenas de sobriedade e anos de inacreditável cegueira.
Sinopse de Chatô – O Rei do Brasil
Chatô, o magnata das comunicações participa do programa ‘O Julgamento do Século’, bem no dia de sua morte e revisita momentos marcantes de sua vida, indo de seus casamentos conturbados e sua infidelidade, até os métodos nada ortodoxos que utilizava para ter influência.
Título Original: Chatô – O Rei do Brasil
Ano Lançamento: 2015 (Brasil)
Dir: Guilherme Fontes
Elenco: Marco Ricca, Andréa Beltrão, Paulo Betti, Ingrid Borgoin, Gabriel Braga Nunes, Nathália França, Eliane Giardin, Leandra Leal, Zezé Polessa, Letícia Sabatella
ORÇAMENTO: 8 Milhões de Dólares
NOTA: 7,5