CAÇA ÀS BRUXAS

Gostaria muito de saber o que passa na mente insana de Nicolas Cage, porque depois de fazer o excelente ‘Kick Ass – Quebrando Tudo’, ele conseguiu escolher um projeto tão sem lógica como ‘Caça as Bruxas’? Já o diretor Dominic Sena, havia feito antes o bom ‘A Senha: Swordfish’ e os dispensáveis ’60 Segundos’ e ‘Terror na Antártida’, mas honestamente, nada se compara a isso, um produto de quinta categoria, sem sentido e lotado de furos.

Ao contracenar com Ron Perlman (‘Hellboy’), outra figura que não passa a mínima confiança, Cage nos faz sentir vergonha alheia de sua carreira, deixando claro que está mais interessado na grana que irá embolsar nesses projetos do que, propriamente, em sua qualidade. Ao misturar misticismo, templários, religiosidade, peste, demônios, bruxas e mais uma infinidade de referências, Sena literalmente menospreza nossa inteligência – vide a sequência final, que para ser mal feita ainda tem que melhorar muito.

‘Caça as Bruxas’ é o típico filme que iria diretamente para as locadoras, caso não tivesse nenhum ator conhecido e, honestamente, é inaceitável que algo assim apareça nos cinemas e ‘Team America’ ou ‘Todo Mundo Quase Morto’ fiquem mofando nas prateleiras. Além de todos os clichês possíveis, há espaço para a ponte no precipício, a reviravolta ‘surpresa’ e frases proferidas antes de cada morte.

Behman era um guerreiro que após diversos anos de serviço perdeu a fé e a esperança. Numa dessas andanças com o amigo Felson, encontra um local devastado pela peste negra. Acaba sendo incumbido de levar para um monastério, junto com outros homens, uma garota que dizem ser a bruxa responsável por todo aquele mal. Percebem então que a garota tem uma força sobrenatural e que podem estar lidando com um poder muito maior.

Descompassado e sem ritmo, a produção não diz a que veio e se a intenção era fazer um suspense erraram feio. Agora é esperar a próxima estreia do ‘doido varrido’ Nicolas Cage, que brigará com o demônio em pessoa dentro de um possante veículo em ‘Fúria sobre Rodas’.