Bird Box, novo filme da Netflix, não é um projeto que agradará a todos. Digo isso pois a diretora Susanne Bier e os roteiristas Josh Malerman (que também é o autor do livro que deu origem a esta obra) e Eric Heisserer levam diversas questões metafóricas e outras sem respostas ao final dos 125 minutos de projeção e tecem uma narrativa que pode ser considerada cansativa e arrastada.
Os primeiros minutos, onde notamos a crescente onda de delírios coletivos e suicídios é aterrorizante e toda esta sensação de impotência é amplificada com a câmera sempre enervante de Bier.
Uma das tais metáforas pode ser desvendada neste ponto, pois há uma discussão sobre o quanto nossa sociedade está doente e, como cita a excelente postagem do site Conti Outra: “Correlacionado ao período que vivemos na qual depressão é a doença do nosso século.”
A segunda metáfora que consegui captar foi sobre a questão da maternidade, sobre o que é ser mãe ou o que uma mãe faria e enfrentaria para ter seus filhos por perto, além das mudanças radicais em suas vidas.
Sandra Bullock está incrível, assim como John Malkovich (Red – Aposentados e Perigosos) e Sarah Paulson (8 Mulheres e um Segredo). E mesmo com alguns flashbacks desnecessários, Bird Box, novo filme da Netflix, é um programa de alta qualidade que já foi comparado com Um Lugar Silencioso, mas que é muito mais que apenas uma cópia.
Sinopse de Bird Box
Pessoas começam a se matar quando ficam diante de uma entidade sobrenatural e desconhecida. O mundo se transforma num caos e neste momento seguimos uma mãe e seus filhos, que deverão atravessar um rio de olhos vendados para encontrar um lugar seguro.
Título Original: Bird Box
Ano Lançamento: 2018 (Estados Unidos)
Dir: Susanne Bier
Elenco: Sandra Bullock, Trevante Rhodes, Jacki Weaver, Rosa Salazar, BD Wong, Sarah Paulson, John Malkovich
ORÇAMENTO: 19,8 Milhões de Dólares
NOTA: 8,0