Batalhão 6888 | Crítica

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Quantos filmes que retratavam a 2ª Guerra Mundial você já assistiu? Eu posso dizer que vi dezenas! Mas Batalhão 6888 consegue traçar um episódio que não havia sido apresentado ao público, ou seja, o das mulheres negras que uniram forças e passaram por cima de todo e qualquer preconceito racial para fazer com que todas as 17 milhões de cartas enviadas dos soldados para seus familiares e vice-versa, que estavam paradas, fossem entregues.

O diretor, roteirista e ator Tyler Perry, mais conhecido por seus trabalhos em Garota Exemplar e Boo! O Halloween de Madea, comanda a obra que tem o selo Netflix. Uma das produtoras é Oprah Winfrey, o que me gerou ainda mais expectativas! Ao todo, são pouco mais de duas horas de duração, mas por incrível que pareça, a passagem de tempo é algo mal trabalhado, já que em um momento você está vendo certa situação e, em seguida, já se passaram seis meses.

Enquanto isso, o elenco de protagonistas tem na dupla Kerry Washington (Django Livre) e Ebony Obsidian (Se a Rua Beale Falassse) a força motriz que rege as jovens durante um serviço árduo, que ajudou a moral das tropas que estavam no campo de batalha a não desabarem por completo. O único adendo vai para Shanice Shantay , que faz as vezes de Octavia Spencer (tanto na aparência quanto nos trejeitos) e não convence com suas caras e bocas e tentativas de gerar alguns momentos mais leves e cômicos.

Batalhão 6888: indicação ao Oscar e uma homenagem a essa história real

Batalhão 6888 recebeu uma indicação ao Oscar de Canção Original por “The Journey“, o que é extremamente bem vindo. Porém, mesmo que não seja o foco principal, a obra de Tyler Perry sofre quando insere efeitos especiais de explosões, por exemplo – temos uma dessas cenas no primeiro ato, que é sofrível – e quando tenta construir pares românticos para a protagonista (não comprei nenhum deles).

Por fim, apesar de pequenos deslizes, é primordial que todas elas sejam reconhecidas, principalmente porque, à época, não receberam os devidos cumprimentos do governo norte-americano, apenas por serem negras. É um grito de liberdade e um projeto emocionante e cheio de bons momentos.

Batalhão 6888
Batalhão 6888

Onde assistir Batalhão 6888?

  • O filme está no catálogo da Netflix

Sinopse de Batalhão 6888

A história se passa em 1943, no auge da Segunda Guerra Mundial, quando as operações bélicas se intensificam e os governos priorizam as estratégias balísticas. Durante esse período, milhares de cartas se acumulam nos balcões das forças armadas, aguardando ser enviadas para os soldados nos campos de batalha. Para resolver esse impasse, o 6888º Batalhão do Diretório Postal Central, composto por mais de 800 oficiais femininas, é convocado a assumir a tarefa de garantir que essas cartas cheguem aos seus destinos.

O batalhão, formado exclusivamente por mulheres, enfrenta enormes desafios, incluindo o ceticismo da corporação, que carrega preconceitos racistas e machistas. No entanto, as oficiais persistem em sua missão, levando conforto, esperança e lembranças aos soldados no front. Elas superam os obstáculos com determinação e coragem, mostrando sua competência e resistência em tempos de adversidade, e desempenham um papel crucial no apoio aos combatentes.

Nota Cinema e Séries: ★★½

Título Original: The Six Triple Eight
Ano Lançamento: 2024 (Estados Unidos | Reino Unido)
Dir: Tyler Perry

Elenco: Kerry Washington, Ebony Obsidian, Milauna Jackson, Kylie Jefferson, Shanice Shantay, Kylie Jefferson, Shanice Shantay, Sarah Jeffery

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Curiosidades sobre Batalhão 6888

  • O filme foi feito rapidamente pelo diretor, pois ele queria apresentar o corte final da história a Mrs. Lena Derriecott Bell King, uma das últimas sobreviventes da unidade, que faleceu em 18 de janeiro de 2024, aos 100 anos. Ela ficou emocionada e agradeceu por mostrar ao mundo a contribuição das mulheres negras.
  • A missão da unidade foi inicialmente estimada para durar seis meses, mas elas a completaram em apenas três. 77 anos depois, uma medida foi sancionada, concedendo à unidade a Medalha de Ouro do Congresso.
  • Em 2024, apenas duas membros da 6888ª estavam vivas: Fannie McClendon e Anna Mae Robertson.
  • Entre os eventos reais pontuados no filme, está: o confronto de Adams com o superior que queria enviar um oficial branco para comandar a unidade.
  • As mulheres do batalhão trabalharam 24 horas por dia, em três turnos, para resolver o grande acúmulo de correspondência. Elas também administravam seu próprio refeitório, sala de suprimentos e garagem de veículos.
  • Além dos desafios físicos, a unidade enfrentou racismo e misoginia dentro do Exército, sendo segregada de outras tropas, sem permissão para dormir, tomar banho ou comer nas mesmas instalações.
  • O filme não captura totalmente as condições brutais enfrentadas pelas mulheres, como o trabalho em armazéns congelados, ratos roendo cartas e a exaustão de longas jornadas sob condições de blackout.
  • Após a guerra, Lena Derriecott Bell King foi enviada para a Europa e mais tarde se mudou para Las Vegas. Sua história de vida, incluindo sua experiência no batalhão, foi uma grande inspiração para o filme.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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