Hollywood tem tanta confiança em Steven Spielberg que dá sinal verde para a maioria quase absoluta dos seus projetos. A.I. – Inteligência Artificial, ficção científica regada a muito drama, teve um orçamento robusto, apesar de não ser um blockbuster de fácil apreciação. Tal projeto era o sonho antigo do conhecido diretor Stanley Kubrick, que faleceu após as filmagens de De Olhos Bem Fechados em 1999, e não pode acompanhar a finalização do projeto.
A grande revelação Haley Joel Osment (O 6º Sentido), drena para si toda força dos diálogos, deixando os coadjuvantes como simples fantoches de sua gigantesca capacidade interpretativa e Jude Law (Um Beijo Roubado) traz um tom levemente cômico como um robô que é uma espécie de garoto de programa.
No terço final, o diretor se alonga demasiadamente e isso quase põe tudo a perder. Há um punhado de referências discutíveis que, na realidade, presta uma homenagem ao amigo falecido.
Portanto, há erros ou exageros em certos momentos específicos. Ainda assim, o ponto principal, que é discutir até onde as máquinas poderão nos substituir fica intacto.
A fotografia muito clara, lembrando bastante a usada em Minority Report – A Nova Lei, é bem utilizada. E John Williams compõe uma trilha sonora magistral, como de costume. Enfim, temos aqui uma ficção adulta e que rende muitas discussões e teorias.
NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: —
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