Existem momentos na vida da gente que somos mais reflexivos, queremos livros mais difíceis e filmes mais densos. Em outros, queremos apenas ‘apertar o play’ e deixar a vida passar, nos divertindo com qualquer besteira colocada em nossa frente. Foi com este pensamento que resolvi fazer a insanidade de assistir Ação e Reação, filme dirigido e estrelado pelo brucutu sem expressão Dolph Lundgren (o Gunnar de Os Mercenários).
Icarus é o nome original do projeto e calha muito bem se analisarmos que ele tenta ser maior do que é, sonha em alçar vôos mais altos e consegue apenas levar um tombo relativamente grande. Lundgren não se importa em incomodar o espectador com suas câmeras lentas inseridas em momentos, no mínimo, estranhos e os zoom-in no rosto dos atores para (tentar) aumentar a dramaticidade e a tensão.
É verdade que determinadas sequências a ação funciona, principalmente para quem cresceu vendo o gênero na década de 80 e que não se importa de ter um herói indestrutível, que mata todo mundo com uma arma de fogo de pequeno porte, enquanto é alvejado por milhares de capangas munidos por um arsenal de guerra invejável.
Edward é um ex-agente da KGB que ficou nos Estador Unidos após a Guerra Fria, mas ainda trabalha para a máfia russa sob o pseudônimo de Icarus deverá salvar sua esposa e sua filha após um serviço em Hong Kong dar errado, fazendo com que sua identidade secreta seja revelada.
O roteiro de Ação e Reação tira da gaveta temas ultrapassados como as disputas entre a União Soviética e Estados Unidos, KGB e CIA e desenterra, por assim dizer, a Guerra Fria em flashbacks. Mas o que esperar de um ator tão ultrapassado quanto Ludgren? Então pegue o refrigerante e a pipoca, desligue o cérebro e tente se divertir.
Título Original: Icarus
Ano Lançamento: 2010 (Estados Unidos)
Dir: Dolph Ludgren
Elenco: Dolph Ludgren, Samantha Ferris, Aaron Au, David Lewis, Dan Payne
ORÇAMENTO: —
NOTA: 4,0
Por Éder de Oliveira