Steve Quale, diretor de ‘No Olho do Tornado’, deve ter acordado numa manhã de domingo, ligado para seu produtor e tido uma conversa mais ou menos assim:
“Queria fazer um filme catástrofe sobre tornados, o que acha?”
“Acho até interessante, mas já tivemos Twister. Temos que colocar algo diferente. Mas o que?” – diz o produtor.
“Que tal um filme de tornado gravado pelos próprios personagens com câmeras de mão.”
“Fechado, vai ser sucesso absoluto. Coloque a câmera para rodar.”
A construção dos personagens principais, juntamente com a inserção dos coadjuvantes, são tão modestas e cheias de clichês que fica fácil criar certa antipatia pelo filme, além disso, os efeitos especiais lembram muito aqueles vistos nos seriados, ou seja, não há um detalhamento tão grande nas sequências de destruição – que são muitas.
Em um determinado momento, os ‘mocinhos’ resolvem salvar as pessoas que estão abrigadas numa escola, mas ao invés de lotarem todos os ônibus e fugirem, pegam apenas um veículo para eles, ou seja, 4 pessoas onde caberiam, mais ou menos, 40. Mas não para por aí, pois o os personagens ainda têm tempo para fazerem uma gravação de despedida, pedindo perdão para os pais, dizendo que o amam e que sentirão saudades de tudo.
Numa pacata cidade, começam a acontecer diversas ocorrências de tornados e enquanto as pessoas comuns vão se esconder dentro de suas casas ou em escolas próximas, os caçadores de tempestades saem para registrar o fenômeno.
O bom é que a duração de 86 minutos é tão curta que nem dará tempo do espectador ficar com raiva e quando os créditos sobem, é como se saíssemos de um tornado de baboseiras e encontrássemos uma razão para passar longe destes caça-níqueis e fôssemos atrás de algo bastante raro em Hollywood hoje em dia, ou seja, uma ideia original e que não seja adaptações de quadrinhos.
Título Original: Into the Storm
Ano Lançamento: 2014 (Estados Unidos)
Dir: Steven Quale
Elenco: Sarah Wayne Callies, Richard Armitage, Jeremy Sumpter, Nathan Kress, Matt Walsh, Kyle Davis, Scott Lawrence
ORÇAMENTO: —
NOTA: 4,0
Por Éder de Oliveira