CREPÚSCULO
A síndrome do “amor perfeito” beira o ridículo nesta obra cinematográfica, adaptada do best seller de Stephenie Meyer. As meninas sonhadoras que suspiraram e sofreram por cada linha do livro, lotaram os cinemas mundiais para conferir o romance mais fajuta dos últimos tempos (é quase tão sofrível quanto ‘Um Amor pra Recordar’).
São cento e vinte minutos de uma lentidão assustadora, descaradamente escorada nas interpretações rasas de Kristen Stewart (‘O Quarto do Pânico’) e Robert Pattinson (‘Harry Potter e a Ordem da Fênix’) levando os espectadores a se envergonharem com sua “cara de mal” e as infinitas frases feitas. Os coadjuvantes servem como pano de fundo para mostrarem jovens brancos sarados e sem cérebro.
Para quem não conhece a história, uma garota muda de cidade, vai morar com o pai e é recebida com certa frieza pelos alunos de sua nova classe. Mas descobre colegas com poderes fora do normal e acaba se apaixonando por um deles (futuramente irá descobrir que são vampiros). Daí para entender que haverão vilões em busca de sangue-fresco é rapidíssimo, mas nem nas supostas cenas de ação ‘Crepúsculo’ convence.
Há belos enquadramentos nas fotografias e, no fim, cumpre seu dever, ou seja, fazer as garotinhas suspirarem de emoção. Vá assisti-lo apenas se for fã e ainda assim, se prepare para duas horas de choros, lamentações e final feliz bastante lamentável. Faltou experiência para Catherine Hardwicke (‘Os Reis de Dogtown’), mas foi o início de uma trilogia tremendamente rentável.
NOTA: 1,0
ORÇAMENTO: 37 Milhões de Dólares
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