AS AVENTURAS DE PI

as aventuras de pi

A cultura indiana pegou Hollywood de jeito de uns tempos para cá, talvez para tentar inserir uma linguagem diferenciada daquele padrão encontrado nos blockbusters norte-americanos. Depois de Danny Boyle e seu superestimado ‘Quem quer ser um Milionário’, Ang Lee cria uma fábula belíssima que se encaixa perfeitamente na sua câmera minimalista e com os efeitos especiais de primeira.

Em certos momentos a fotografia deixará o espectador estupefato, tamanha beleza e a transição das imagens não fica atrás. Comenta-se sobre Deus – e o preconceito de certas pessoas com certas religiões – e sobre as diversas formas de expressões religiosas, vistas pelos olhos de uma criança, mas acima desses preceitos o roteiro de David Magee traz o embate entre fé e ciência e se dá muito bem.

Ao término do primeiro ato, inicia-se uma grande reviravolta lotada de tensão e com referências claras a passagem da Arca de Noé. No desfecho o diretor quase perde a mão, como ocorreu com Terrence Malick em ‘A Árvore da Vida’, pois tenta moldar um significado muito eloquente usando imagens, por vezes indecifráveis, quando a simplicidade seria a ‘alma do negócio’.

A família de Pi Patel decide sair da Índia, onde é proprietária de um zoológico e ir para o Canadá, onde terão mais chances de ganhar a vida. Quando estão no meio do oceano o barco é engolido por uma onda e o jovem Pi se salva e agora dividirá sua canoa com um tigre feroz e outros animais.

Suraj Sharma merece todo reconhecimento por levar praticamente sozinho um filme difícil e que exigiu um esforço físico tremendo. Tem uma ou outra falha, um ou outro clichê mais pontual, mas isso não tira o mérito desta que é uma das produções mais bem acabadas do ano passado.

Título Original: Life of Pi
Ano Lançamento: 2012 (Estados Unidos)
Dir: Ang Lee
Elenco: Suraj Sharma, Irrfan Khan, Ayush Tandon, Gautam Belur, Adil Hussain, Tabu, Ayan Khan

ORÇAMENTO: 120 Milhões Dólares
NOTA: 8,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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