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Mesmo com apoio do circuito exibidor, cinema nacional não retoma patamar de 2020
 
																								
												
												
											Aconteceu nesta terça-feira (28) uma audiência pública na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, com a presença de produtores, exibidores, distribuidores e cineastas, em que foram apresentadas demandas para fortalecimento do cinema nacional. Dentre as declarações, se destacaram as que tratam de medidas para que as produções brasileiras enfrentem a concorrência internacional, como a Cota de Tela.
Frente às alegações de que os filmes nacionais são menos favorecidos nas programações semanais dos cinemas, a ABRAPLEX (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex) e a FENEEC (Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas), esclarecem que o exibidor brasileiro torce muito pelo filme nacional, bem como trabalha incessantemente para a retomada do setor.
Ao longo da Audiência Pública, Lucio Otoni, presidente da FENEEC, ressaltou que é preciso que a opinião pública e as pessoas envolvidas no audiovisual compreendam que os exibidores estão envolvidos não só na cultura, mas também no comércio e que precisam de filmes performando bem, para que as contas, incluindo os altos aluguéis nos shoppings, sejam pagas a cada fim de mês. Os exibidores são apenas um dos elos de uma indústria que emprega centenas de milhares de pessoas.
Diferentemente do produtor e do distribuidor, que são remunerados ao longo de toda a carreira do filme (cinema, PVOD, streaming, TV paga, TV aberta etc…), a única oportunidade para o exibidor está nos ingressos que ele vende durante as poucas semanas em que o filme fica em cartaz, o que reforça, ainda mais, a constatação de que os exibidores são os maiores interessados na boa performance de um longa.
Mais detalhes sobre o cinema nacional e o circuito exibidor no Brasil
Como também pontuou Otoni, a cada 100 sessões que estiveram nos cinemas no Brasil neste ano, 13 foram de filmes nacionais. “Infelizmente, o share nacional em 2023 está entre 2,5 e 3%. E o parque exibidor não tem fôlego para ficar esperando o filme performar. Muitos longas saem das salas por estarem levando menos de 10 pessoas por sessão. Existe uma série de filmes para entrar, 8 a cada semana, e quando um filme não alcança o resultado, precisa ser retirado de algumas salas, por conta dos altos custos de operação”, reforça.
Os critérios para que os filmes permaneçam em exibição são puramente técnicos, baseados em ferramentas como o Google Trends, além de análises de empresas como Gower Street Analytics. E o objetivo é sempre o mesmo: atender a demanda do público, ou seja, colocar sessões de cada filme suficientes para que todos possam assistir. Portanto, não existe nenhuma diferença financeira entre o filme estrangeiro e o filme brasileiro sob a perspectiva do exibidor.
“A exibição sofreu muito, como todos sabem, na pandemia. Em 2022 os números melhoraram um pouco, mas nem em 2023 chegaram aos patamares de 2019. A consequência disso é o endividamento muito alto dos exibidores”, pontua o presidente da FENEEC.
Tudo isso, em um cenário complexo, com greve dos roteiristas dos Estados Unidos, reflexos ainda grandes da pandemia e a falta de regulamentação da janela de exibição. Se antes havia uma janela de 5 meses para o filme ser lançado no streaming, hoje está em 45. Isso reflete diretamente no impulso do consumidor, que passa a comparecer aos cinemas para assistir filmes de grande porte, favorecendo os blockbusters, e deixa os de pequeno e médio porte para assistirem no streaming.
“Depois do produtor, não há ninguém que, na segunda-feira, fique mais decepcionado quando o filme não vai bem do que o exibidor, porque a conta que está na mesa dele é muito alta para pagar. É preciso discutir o fomento, mas também o marketing dos filmes, o engajamento dos atores, a cota de tela”, concluiu o executivo, também na Audiência Pública.
Para Marcos Barros, presidente da ABRAPLEX, é possível elevar o patamar do cinema nacional. “Juntos, promovendo discussão técnica sobre os temas que são de relevância para o segmento, distribuidores, produtores e exibidores podem levar o cinema brasileiro para patamares muito mais altos do que a média histórica”, diz.
Para Marcos Barros, presidente da ABRAPLEX, é possível elevar o patamar do cinema nacional. “Juntos, promovendo discussão técnica sobre os temas que são de relevância para o segmento, distribuidores, produtores e exibidores podem levar o cinema brasileiro para patamares muito mais altos do que a média histórica”, diz.
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Cinema e Séries 
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Notícias
Evento gratuito para fãs de Harry Potter em Sumaré
 
														Nos dias 01 e 02 de novembro, o Shopping ParkCity Sumaré recebe um evento gratuito para fãs de Harry Potter! O encontro acontece em um espaço tematizado em frente à loja American Shoes, das 10h às 22h.
Principais atrações no evento de fãs de Harry Potter
Além de reunir os fãs do bruxinho mais famoso do mundo, o evento ainda contará com diversos stands de expositores que trazem produtos oficiais da franquia Harry Potter para venda, além de muitas outras atrações que encantam o público. A iniciativa é uma parceria com o projeto All Stars F.C. e a banda cover oficial do Capital Inicial.
Dentre os itens, podemos cintar o Mapa do Maroto, varinhas mágicas, flâmulas, canecas, entre outros.
Também haverá painéis instagramáveis interativos – como para a gravação de vídeos com a famosa “Capa da Invisibilidade” para compartilhar nas redes sociais –, sorteio de prêmios, estação de pintura Bobbie Goods – Harry Potter – e muito mais.
O valor arrecadado será revertido para iniciativas beneficentes.
- Confira pautas sobre Harry Potter.
Notícias
Trailer de Pânico 7: assista AQUI
 
														O trailer de Pânico 7 acaba de ser divulgado pela Paramount Pictures, trazendo de volta o icônico Ghostface para uma nova onda de terror. Este já é um dos lançamentos mais aguardados do ano e estreia está marcada para o dia 26 de fevereiro nos cinemas brasileiros.
Sinopse de Pânico 7
Em Pânico 7, Sidney Prescott (Neve Campbell) tenta reconstruir sua vida pacata, mas quando um novo Ghostface aparece na cidade, seus maiores medos voltam a se materializar. A ameaça se torna ainda mais pessoal quando a filha de Sidney (Isabel May) se torna o novo alvo do assassino mascarado. A protagonista terá que enfrentar seus traumas do passado e lutar para proteger sua família, enfrentando o perigo e o terror que já marcou sua história.
Trailer de Pânico 7
Além do retorno de Neve Campbell como Sidney, o elenco conta também com Courteney Cox, reprisando seu papel como a jornalista Gale Weathers. A produção traz ainda nomes como Isabel May, Jasmin Savoy Brown, Mason Gooding, Anna Camp, Joel McHale, entre outros.
A direção e o roteiro de Pânico 7 ficam por conta de Kevin Williamson, criador da saga, que assina o roteiro ao lado de Guy Busick e da história desenvolvida em parceria com James Vanderbilt. Vanderbilt também atua como produtor, ao lado de William Sherak e Paul Neinstein. A produção é uma parceria da Paramount Pictures com a Spyglass Media Group, garantindo um filme que honra o legado da série enquanto traz novidades para os fãs do suspense e do terror.
Críticas
A Memória do Cheiro das Coisas | Resenha | Vale a pena assistir?
 
														Coproduzido por Portugal e Brasil, A Memória do Cheiro das Coisas é um dos filmes que estiveram na programação da 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Dirigido por António Ferreira, o longa se revela uma reflexão sobre envelhecimento, solidão, culpa e colonialismo, temas que se entrelaçam em um drama silencioso, quase sufocante, que exige do espectador um olhar paciente e empático. É um filme sobre o tempo — o tempo que corrói, que pesa, que se repete — e sobre a dificuldade de se desprender de tudo aquilo que já passou, mas que insiste em permanecer.
O protagonista Armênio, vivido por José Martins, é um homem no fim da vida que habita um lar de repouso, espaço que se torna um microcosmo de suas dores e fantasmas. Martins entrega uma atuação precisa, contida, quase física, traduzindo em cada gesto a fragilidade e o esgotamento de alguém que já não encontra sentido em existir (e talvez por isso siga fumando excessivamente). Seu corpo cansado, seus movimentos lentos e suas pausas intermináveis revelam muito mais do que as palavras poderiam dizer.
Ferreira opta por longas tomadas e planos fixos, que não apenas retratam o ritmo da velhice (e de outros senhores e senhoras naquele local), mas também impõem ao público uma experiência de imersão no tempo dilatado.
A Memória do Cheiro das Coisas e a claustrofobia do cenário
O lar onde o personagem vive é um ambiente de clausura e esquecimento. As janelas não se abrem, os corredores são longos e silenciosos, e a sensação de claustrofobia é constante. Ferreira faz do cenário um personagem à parte: a arquitetura fria e impessoal reflete a ausência de liberdade e de futuro.
É ali que o simples ato de abotoar uma camisa ou andar até o final do corredor torna-se um desafio gigantesco. A câmera, paciente, registra esses gestos mínimos com respeito e brutalidade, transformando o banal em poético e o cotidiano em metáfora. Apesar disso, ainda senti que poderia haver maior fluidez em sequências específicas, pois o projeto parece ter uma duração maior do que, de fato, tem.
Mas A Memória do Cheiro das Coisas vai além da velhice. Ele mergulha também nas marcas do colonialismo português. Armênio é um ex-soldado que lutou na Guerra Colonial Portuguesa, conflito que levou o exército europeu a lutar para manter o domínio sobre colônias africanas como Angola e Moçambique. Essa experiência deixou nele um rastro de preconceito e desumanização que o acompanha até a morte.
Quando Hermínia, uma nova enfermeira negra, chega à casa de repouso, o velho homem a trata com paternalismo e racismo — chamando-a de “minha pretinha” e tocando-a sem consentimento.
Hermínia, interpretada com sensibilidade e força por por Mina Andala, torna-se o contraponto da narrativa. É através dela que A Memória do Cheiro das Coisas propõe uma possibilidade de reconciliação, ainda que frágil, entre vítima e algoz, passado e presente. O encontro entre ambos não é simples — há violência simbólica, há mágoa, há resistência —, mas também existe ali uma forma silenciosa de compaixão. Hermínia não o perdoa, mas também não o ignora.
Essa ideia está expressa já no título do filme. pois o “cheiro” é uma metáfora para o passado que se impregna, que não se dissipa, que retorna de maneira inesperada. Armênio é, em essência, um homem que vive cercado por memórias que ele já não pode controlar. Ferreira transforma esse conceito em imagem: o tempo parece se dissolver, os sons tornam-se distantes, e a narrativa, por vezes, se curva à própria lentidão, criando uma atmosfera quase hipnótica.
Subtexto social em A Memória do Cheiro das Coisas
Há também um subtexto social importante: o filme denuncia não apenas o abandono dos idosos, mas também a indiferença familiar e institucional. A família de Armênio pouco se importa com ele — com exceção de um filho que tenta manter algum vínculo —, e essa ausência reflete um ciclo vicioso de descuido e desumanização. Ferreira sugere que, assim como o colonialismo deixou marcas profundas nas relações sociais, a forma como tratamos nossos velhos revela muito sobre o tipo de sociedade que construímos.
O desfecho não oferece redenção fácil nem respostas reconfortantes e se encerra com a mesma serenidade inquieta com que começou, deixando no ar a sensação de que a memória — seja do corpo, da culpa ou da história — nunca desaparece completamente.
Esse colonialismo se segue, e isso pode ser prejudicial, no fim das contas, já que o pai da enfermeira também lutou ao lado dos portugueses. Reparação histórica até a segunda página e, mesmo assim, não dá pra negar que o espectador sairá da sessão de A Memória do Cheiro das Coisas igual.
Onde assistir A Memória do Cheiro das Coisas?
Sinopse de A Memória do Cheiro das Coisas:
Diante da vulnerabilidade da velhice, Arménio é obrigado a encarar os fantasmas do passado, enquanto uma amizade inesperada floresce entre ele e Hermínia. Este filme é um retrato poético e intimista de um idoso em um asilo, explorando a fragilidade da condição humana, a inevitabilidade da morte e a busca por redenção. Aborda questões urgentes da nossa sociedade, como o envelhecimento da população e o racismo estrutural.
Nota: ★★★½
Título Original: A Memória do Cheiro das Coisas
Ano Lançamento: 2025 (Portugal | Brasil)  
Dir.: António Ferreira
Elenco: José Martins, Mina Andala, Pedro Lamas, Robson Lemos, Maria Manuel Almeida, Maria José Almeida, Sofia Coelho, Paula Barata, José Castela, Cláudia Carvalho
Curiosidades de A Memória do Cheiro das Coisas
- O filme foi rodado quase inteiramente em uma antiga clínica, que foi transformada em uma casa de repouso para a produção.
- A cena em que o protagonista, Arménio, se mistura à multidão de manifestantes foi filmada durante uma manifestação real de 1º de maio em Coimbra, Portugal. Elenco, equipe e atores de apoio se integraram discretamente ao evento ao vivo, capturando o momento com o mínimo de intrusão e uma energia autêntica.
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