Crítica: Siembamba – A Canção do Mal
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Crítica: Siembamba – A Canção do Mal

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Já disse isso algumas vezes por aqui e repito: é sempre importante sair do cinemão norte americano e buscar outros mercados. Siembamba – A Canção do Mal é um terror sul-africano. Portanto, conta-se com ângulos diferenciados e um roteiro que insere a cultura do local de maneira sutil, fazendo com que os 80 minutos sejam ainda mais impactantes.

Mesmo que a ‘primeira camada’ mostre ao espectador um simples filmes de assombrações, podemos ir além. A personagem Chloe (vivida pela ótima Reine Swart) sofre de depressão pós parto e precisa lidar com isso e com o relacionamento complicado com sua mãe. Do mesmo modo que O Bebê de Rosemary, temos uma desorientação cada vez maior do que é real e o que está no imaginário da protagonista.

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O diretor Darrell Roodt é esperto ao usar as locações a seu favor. Nesse sentido, espere ver a casa como uma espécie de coadjuvante, deixando a atmosfera claustrofóbica e cheia de surpresas. Mas não há como negar que tanto a avó da criança, vivida por Thandi Puren, quanto o psicólogo, feito por Brandon Auret, parecem desconectados do contexto.

O equilíbrio entre terror psicológico e jump scares só é prejudicado no final. Principalmente porque o terceiro ato é muito corrido e sem qualquer ligação com o restante. Todavia, Roodt pontua algo super importante de uma maneira correta e respeitosa e Swart pode ser um nome a ficarmos de olho nos próximos anos. Siembamba: A Canção do Mal é distribuído pela A2 Filmes e pode ser uma ótima dica para os fãs do gênero.

Enfim, se não vai virar uma obra prima, ao menos dá sustos e cria um diálogo sobre algo que é comum, mas pouquíssimo citado nas grandes mídias.

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Sinopse de Siembamba – A Canção do Mal

Logo depois de dar à luz ao seu primeiro filho, a jovem Chloe, de 19 anos, volta para sua cidade natal. Seu plano é viver com sua mãe, Ruby, para que tenha alguém para ajudá-la. Perturbada, Chloe se torna paranoica nos cuidados com o bebê. Chegando ao limite de ver assombrações querendo levá-lo.

Título Original: The Lullaby
Ano Lançamento: 2017 (África do Sul)
Dir: Darrell Roodt
Vozes: Reine Swart, Brandon Auret, Thandi Puren

ORÇAMENTO: —
NOTA: 7,0

O que é Siembamba?

Siembamba é uma canção de ninar tradicional na África do Sul. Como comparação, temos a nossa ‘nana nenêm que a Cuca vem pegar’.

Os primeiros registros dela se deram em 1927 e há várias explicações para a mesma, dentre elas, a do pesquisador Rudi Rousseau. Segundo ele, isso se refere aos campos de concentração britânicos, onde mães africânderes abusadas matavam seus bebês logo depois do parto*.

Curiosidades sobre o filme:

  • O filme é baseado num curta de mesmo nome;
  • Logo depois de Siembamba: A Canção do Mal, a atriz Reine Swart participou do seriado Z Nation;
  • Foi a primeira produção Sul-Africana a ser lançada nos Estados Unidos;
  • O diretor é um dos grandes nomes do país neste segmento e começou com o ofício em 1985;
  • Darrell Roodt trabalhou com Ice Cube e Casper Van Dien em Área de Risco Drácula 3000, respectivamente.

Trailer

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