72 HORAS

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É impressionante como os americanos são preguiçosos, pois só assim para entender este filme, que é a refilmagem do francês ‘Tudo por Ela’ de 2008, dirigido por Fred Cavayé. O fato é que o pessoal de lá detesta legendas e raramente vê produções de outras nacionalidades, por isso Paul Haggis (‘Crash – No Limite’) tem o trabalho de dirigir Rusell Crowe neste suspense dramático.

Sim caro leitor, você já viu esta história antes, ou seja, a família perfeita que, de uma hora para outra, entra numa situação limite. Crowe interpreta bem o espírito paternal, correndo contra o tempo para salvar a pele da amada, que foi acusada de assassinato, sentenciada e presa, até porque, tudo indica que foi ela mesma a culpada (sangue na roupa, impressões digitais, cúmplices).

O primeiro ato lembrou-me bastante ‘Código de Conduta’, mas dois foram os fatores para esta produção me prender mais, primeiramente Haggis é muito mais diretor que F. Gary Gray e depois, o roteiro mostra ao espectador que John Brennan não é um herói, mas sim um cidadão aprendendo a sobreviver e a correr contra o tempo, sem explosões gratuitas ou planos muito mirabolantes.

Ao concentrarem-se no drama – um terreno que era para Haggis dominar perfeitamente –, o exagero e a falta de expressividade de Olivia Wilde (‘Tron – O Legado’) vão contra o filme, assim como o uso gratuito e pobre de Liam Neeson.

Tirar uns 20 minutos do corte final seria a coisa mais fácil do mundo e recomendar ao diretor, filmar um desfecho menos burocrático e boboca (com direito a foto da família e redenção entre mãe e filho aos ’45 minutos do 2º tempo’), era uma escolha interessante. Por essas e por outras, a sessão de ’72 Horas’ se vai e após 30 minutos você nem se lembrará mais dele.

Título Original: The Next Three Days
Ano Lançamento: 2010 (EUA)
Dir: Paul Haggis
Elenco: Russell Crowe, Olivia Wilde, Liam Neeson, Elizabeth Banks, RZA, Brian Dennehy, Jonathan Tucker

ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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